Diálogo Intracluster organizado pelo Packaging e Packaging Innovation Cluster

Janeiro 2 2024

Cluster de Inovação em Container e Embalagens

Estabelecer claramente quem é o responsável pelas certificações e marcação dos materiais reciclados à luz da nova regulamentação europeia sobre o plástico é uma das grandes exigências que os profissionais do sector da embalagem têm exigido nos últimos Diálogo Intracluster do ano organizado pela Cluster de Inovação em Container e Embalagens. Na ocasião, participaram como palestrantes do evento. María Rodríguez, gerente global de sustentabilidade do Grupo Lantero; e Sandra Ramos, investigadora e técnica de reciclagem mecânica da Aimplas.

Um dos fatores que tem sido destacado é que atualmente existe muito caos, pois esses aspectos se impõem como uma necessidade com a entrada das novas regulamentações que exigem a inclusão de material reciclado nas embalagens descartáveis.

Sob este quadro, Jesús Pérez, diretor do Cluster Embalagens, destacou que a associação detectou nas empresas que a reciclabilidade das embalagens é um factor que suscita grande preocupação desde o aparecimento do Real Decreto, lançando iniciativas como esta que ajudam a esclarecer a situação. Esta preocupação das empresas tem levado a um aumento na demanda pela certificação de produtos, o que não se deve apenas às exigências das regulamentações, mas também ao crescente compromisso das empresas com a sustentabilidade e a transparência para com seus clientes.

Responsabilidade na certificação de materiais
Esta situação gerou uma incerteza significativa entre as empresas da cadeia de valor das embalagens em relação à responsabilidade das certificações. Conforme mencionado, a lei não esclarece quem é o responsável pela certificação do material reciclado.

Esta falta de clareza acrescenta uma camada adicional de complexidade ao processo, levantando questões sobre a cadeia de responsabilidades na certificação de materiais reciclados no setor de embalagens.

Além disso, durante a sessão foi analisada a crescente procura de informação sobre o grau de reciclabilidade e a presença de material reciclado nas embalagens de papel e cartão. Nessa linha, foi explicado que outros aspectos devem ser analisados ​​sobre como, por exemplo, a presença de plásticos influencia a obtenção da certificação de reciclabilidade deste material, juntamente com outros fatores como o tipo de tintas e aditivos utilizados.

Diante de todo esse horizonte, surge a dúvida sobre o aumento das exigências de certificação por parte das administrações e certificadoras que obrigam a investimentos a preços elevados. Uma incerteza que mantém em alerta as empresas que temem não conseguir assumir custos adicionais ou um novo desafio estratégico, evidenciando a importância do planeamento e da flexibilidade na tomada de decisões face a possíveis alterações regulatórias.

Por fim, foi destacada a perspectiva de que modificar o material da embalagem pode não ser a opção mais eficaz. Segundo especialistas do setor, os clientes relutam em reduzir a vida útil das embalagens. Uma situação que obriga o setor da embalagem a encontrar soluções sustentáveis ​​que não comprometam a durabilidade e funcionalidade das embalagens, tendo em conta as expectativas e preferências dos consumidores.

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