A empresa São Lucar, produtora e distribuidora de frutas e legumes de qualidade premium que cobre toda a cadeia de valor do setor agroalimentar, elevou os seus desafios de packaging focados na sustentabilidade e no design na última edição do Packaging and Packaging Innovation Cluster Breakfasts.
A empresa, com um volume de negócios de 680 milhões de euros, trabalha com mais de 100 variedades de produtos e conta atualmente com mais de 4.000 colaboradores em 4 continentes. Em concreto, Maria Plasencia, O Packaging Innovation Manager da SanLucar explicou que, para a empresa, a embalagem é uma aposta de valor que “protege nossa fruta, mantém seu frescor, ajudando a evitar o desperdício de alimentos, além de ser uma plataforma para comunicar nossa filosofia de vida saudável”.
Nos próximos anos, María Plasencia destacou que a ambição da empresa é reduzir o plástico ou eliminá-lo "quando não for necessário, que todos os materiais sejam facilmente recicláveis, além de usar papel de fontes sustentáveis".
Em relação aos desafios tecnológicos, por um lado, a SanLucar busca se adequar aos formatos que os clientes exigem. “Apostamos na qualidade do design, dos materiais e na adaptabilidade de formatos, bem como na impressão exterior e interior da embalagem como elemento que realça a nossa imagem corporativa”, comentou. Além disso, a empresa procura satisfazer as necessidades dos consumidores, e para isso tem realizado projetos para facilitar a abertura ou fecho das embalagens, bem como diferentes tecnologias de fecho, ou com formatos de embalagens divisíveis para que a fruta seja mais fácil de manusear .consumir. E em terceiro lugar, outro dos desafios centra-se na sustentabilidade, que as suas embalagens sejam recicláveis, retirando o plástico sempre que possível ou utilizando novos materiais. "Buscamos que os adesivos de frutas sejam compostagem doméstica e possam usar recipientes reutilizáveis", concluiu o gerente da Sanlucar.
Nova legislação de embalagens
No Café da Manhã também interveio Broseta Advogados transmitir as principais novidades do Real Decreto sobre Embalagens e Resíduos de Embalagens aprovado a 27 de Dezembro, pelo Conselho de Ministros. Em concreto, Sofia Cabedo, Advogada Sênior da Área de Direito Público e Urbanismo do Escritório, detalhou os objetivos do novo marco regulatório para a gestão de resíduos. Explicou que esta visa “pôr a tónica na valorização dos produtos para a sua reincorporação no mercado”, pelo que são definidos objetivos de “prevenção, reutilização e reciclagem”. O objetivo é alcançar o “Resíduo Zero”.
Ele destacou que o desafio mais próximo em termos de prevenção é reduzir o desperdício de embalagens em 13% em 2025 e 15% em 2030 em relação a 2010. Também que o número de garrafas plásticas de bebidas seja reduzido em 20% de uso único em 2030 em comparação com 2022 E garantir que as embalagens sejam 100% recicláveis em 2030 e, se possível, reutilizáveis. Nesta linha, Sofía Cabedo também acrescentou que a Lei de Resíduos da Comunidade Valenciana, aprovada em novembro passado, contém objetivos de prevenção mais ambiciosos, como medidas específicas para embalagens não reutilizáveis ou dificilmente reutilizáveis e filmes de embalagem.
Quanto aos objetivos de reutilização, a Broseta Abogados destacou as medidas específicas para embalagens de bebidas no canal HORECA, no canal doméstico, bem como em embalagens comerciais e industriais. E, por fim, explicou que a reciclagem de 65% das embalagens está contemplada em 2025, enquanto em 2030 esse número deve chegar a 70%.
Por fim, durante o pequeno-almoço as empresas intervieram Chemence Graphics, Imcovel, Sacmi Ibérica e Trazable, que ingressaram recentemente no Cluster, que já conta com 75 associados.