A utilização de plásticos reciclados pós-consumo aumenta 70% em relação a 2022, atingindo 6 milhões de toneladas, segundo o recente relatório da Plásticos Europa. Da mesma forma, segundo este mesmo relatório, o rácio de reciclagem de plástico atingiu 26,9%, enquanto, atualmente, 25% dos resíduos plásticos ainda são enviados para aterros e 15% são enviados para incineração.
Esses foram alguns dos dados extraídos do conferência “Estratégias de Circularidade e Simbiose Industrial na Indústria do Plástico”, organizado pelo IInstituto Tecnológico de Produtos Infantis e Lazer AIJU, e financiado pela Generalitat Valenciana e IVACE, onde foi demonstrada a capacidade de melhorar e superar estes rácios através de ações de I&D.
Durante o evento, no qual técnicos da AIJU e representantes da Plastics Europe Spain, do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo, Alfarben; Universidade de Las Palmas de Gran Canaria, Bln Palao Abogados e IVAC Kiwa, foi destacada a necessidade de resolver o problema global da poluição plástica e do esgotamento dos recursos naturais, enfatizando a importância de estabelecer o roteiro da indústria europeia de plásticos rumo à circularidade e às emissões líquidas zero, estabelecido pela Comissão Europeia.
Neste sentido, o roteiro estabelece as diretrizes para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa de todos os plásticos em 28 por cento em 2030, no seu processo rumo às emissões líquidas zero até 2050. Também propõe a substituição gradual dos plásticos fósseis para que os plásticos circulares possam abordar 25 por cento da procura europeia em 2030 e 65 por cento em 2050.
Adicionalmente, durante o primeiro bloco do dia, foi feita uma abordagem às novas regulamentações para design de produtos sustentáveis e passaporte digital de produtos.
Neste sentido, como explicado Timóteo da Fonte, do Ministério da Indústria e Turismo, “o Regulamento Europeu sobre Produtos Sustentáveis exigirá que os produtos sejam acompanhados do Passaporte Digital de Produto (DPP), que se constitui como uma ferramenta que permitirá obter informação relevante para efeitos de circularidade, sobre os produtos inseridos no mercado. Por esta razão, propõe-se explorar o potencial de diferentes soluções digitais, inserir informação relevante sobre circularidade, sustentabilidade e conformidade com os regulamentos de produtos específicos e fornecer informação sobre estes ao longo do seu ciclo de vida.”
Imposto sobre plásticos não reutilizáveis e sistemas de certificação
Respecto al bloque técnico de la jornada, este se ha centrado en exponer la investigación realizada en vistas a la homogeneización de reciclados procedentes de residuos plásticos para asegurar su calidad en la utilización en nuevos productos o la trazabilidad de productos y del reciclado al final de su vida util.
Além disso, foi realizada uma mesa redonda onde foram abordados os desafios das empresas da Economia Circular, visando a formação de profissionais do plástico e as necessidades de formação das empresas no caminho para a implementação eficaz de sistemas de economia circular nos seus processos e Serviços.
O dia terminou com algumas apresentações, de significativa relevância para as empresas do sector, nas quais foi feito um balanço do funcionamento do imposto sobre as embalagens plásticas não reutilizáveis após o primeiro ano de implementação e um levantamento completo dos diferentes sistemas • padrões de certificação atuais, para que as empresas possam certificar o conteúdo de plástico reciclado dos seus produtos.
Pesquisa em materiais inovadores
A AIJU possui uma área de materiais e processos inovadores dedicada exclusivamente aos materiais plásticos e seu processamento, cujas linhas de investigação visam o desenvolvimento de novas formulações plásticas mais sustentáveis, biomateriais biodegradáveis, reciclados, com aditivos ou cargas naturais e com diversos funcionalidades como capacidade antimicrobiana ou condutividade elétrica.
Além disso, esta área investiga a verificação da qualidade dos materiais reciclados e a sua rastreabilidade, o que permite às empresas adaptar-se aos novos objetivos da economia circular promovidos pela Comissão Europeia e melhorar a sua funcionalidade e versatilidade através da inovação nos materiais.
Para tal, dispõe de um vasto conjunto de ensaios de caracterização de materiais plásticos e produtos acabados, de acordo com a regulamentação aplicável ou requisitos de utilização, para verificar se os materiais e produtos apresentam a qualidade e as propriedades necessárias à sua aplicação.