Inovação e sustentabilidade no centro da conferência sobre alimentação do futuro organizada pela AINIA

30 outubro 2024

AINIA

AINIA celebrou recentemente o quarta edição do dia da inovação “Alimento do futuro””. Um evento que reuniu 150 profissionais do setor agroalimentar, empresas, startups, FIAB, CDTI e especialistas em investigação para discutir as últimas tendências e avanços no desenvolvimento de produtos alimentares mais sustentáveis, saudáveis ​​e adaptados às novas necessidades dos consumidores.

Durante o dia, foram abordados os principais temas novas fontes de ingredientes, proteínas alternativas, a economia circular e a utilização de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, na concepção de novos alimentos.

Desafios e oportunidades para uma dieta mais saudável e sustentável no futuro

El diretor de P+D+i da FIAB, Eduardo Cotillas, que abriu o primeiro bloco sobre “Desafios e oportunidades para uma alimentação mais saudável e sustentável do futuro”, destacou que a alimentação do futuro será baseada “num indivíduo/consumidor com necessidades de saúde definidas a nível individual, com necessidades muito específicas gostos”. marcados em termos de sustentabilidade e que utilizarão o ambiente digital para fornecer soluções à indústria e à sociedade em geral.”

Inovação e diferenciação em produtos vegetais e novas fontes de ingredientes

Os especialistas do painel sobre “Produtos à base de plantas e proteínas e gorduras alternativas” insistiram que o desafio para estes produtos não reside apenas na sua sustentabilidade e benefícios para a saúde, mas também na garantia de propriedades sensoriais ideais, chaves para a aceitação por parte do consumidor.

Um aspecto notável foi a tendência ao mimetismo dos produtos tradicionais, mas notou-se também a necessidade de explorar novos momentos de consumo, formatos e texturas que ampliem as opções dos consumidores sem se limitarem a imitar o que já existe.

Além disso, o regulamento e Perspectivas futuras de novos alimentos e foram destacadas as questões relacionadas aos procedimentos exigidos pela regulamentação para garantir que a segurança do produto foi verificada antes de sua colocação no mercado e a conveniência de contar com assessoria técnico-jurídica desde as fases iniciais do desenvolvimento dos produtos. .

Novas tecnologias e economia circular

Outro foco do dia foi a importância de economia circular e a valorização de subprodutos na indústria alimentícia. Na mesa redonda sobre “Upcycling e sustentabilidade”, especialistas analisaram tecnologias aplicáveis ​​ao uso de subprodutos de algas e brócolis como exemplo de redução de resíduos, bem como o uso de técnicas de cultivo mais sustentáveis. Estes tipos de abordagens contribuem para a sustentabilidade e abrem novos caminhos de inovação em produtos alimentares.

Da mesma forma, foi discutido o papel das empresas no desenvolvimento de produtos inovadores que respeitem o meio ambiente e ofereçam uma experiência gastronômica de qualidade.

Enrique Rodríguez, delegado comercial da Vichy Catalán, destacou que “a alimentação do futuro envolve redefinir e reescrever os próprios fundamentos da alimentação porque entram em jogo novas regras nunca antes vistas, especialmente aquelas que têm a ver com sustentabilidade e circularidade. O reaproveitamento de anteriormente chamados subprodutos para a produção de novos ingredientes não é mais uma tendência de nicho, é uma realidade. A busca por alternativas ao açúcar, à proteína animal, às gorduras e até às formas como estas são obtidas são apenas o começo de uma revolução que está por vir em torno da alimentação.”

Por outro lado, a utilização da inteligência artificial e de tecnologias emergentes na criação de novos alimentos foi destacada pelos participantes da conferência como uma das ferramentas mais promissoras para conceber produtos personalizados e sustentáveis ​​de forma mais eficiente.

Miguel Ángel Cubero, diretor geral da Ingredalia, sublinhou a importância da ciência e da tecnologia na alimentação do futuro: “Tecnologias como produtos reciclados, fontes alternativas de proteína, fermentação de precisão, Inteligência Artificial, blockchain, etc., permitir-nos-ão dar um salto para uma utilização abrangente de produção primária e uma verdadeira aplicação dos conceitos de economia circular e sustentabilidade, além de lançar uma bioeconomia real e adequada ao nosso planeta e ao meio ambiente.”

Consumidor: bem-estar como prioridade

Hoje, os consumidores não estão apenas preocupados com a sustentabilidade, mas procuram produtos que promovam o seu bem-estar geral. Isso inclui saúde física, mental e emocional, aspectos que devem ser considerados no desenvolvimento de novos produtos e ingredientes. As empresas alimentares estão cada vez mais alinhadas com esta tendência, adaptando os seus produtos para responder a esta crescente procura por soluções de bem-estar.

Colaboração e alianças estratégicas

Uma das principais mensagens que se destacaram durante o dia foi a importância da colaboração entre empresas e organizações e do apoio da administração pública. As alianças estratégicas e a inovação aberta apresentam-se como um fator essencial para enfrentar os desafios do setor agroalimentar. Os especialistas concordaram que a inovação não pode ser alcançada isoladamente, mas deve ser um esforço conjunto que envolva startups, PME e grandes empresas e centros de investigação, alinhando os seus esforços com as exigências dos consumidores e garantindo que os produtos sejam seguros e acessíveis em termos de preço.

Eduardo Cortés, diretor de P&D da Liquats Vegetais, destacou que as tendências que agora dão os primeiros passos serão consolidadas graças a três vetores: “crescimento exponencial do acesso à informação do consumidor, evolução de uma sociedade mais informada e consciente e maior desenvolvimento do conhecimento científico, tanto para compreender melhor a alimentação -dinâmica de saúde-bem-estar, para gerar novas tecnologias e processos de fabricação de alimentos.”

Neste contexto, Eduardo Cortés considera que a alimentação será mais diversificada, “com base vegetal baseada nos hábitos de consumo da maioria, sendo já uma realidade de consumo universalizada e com identidade própria, como alternativa que diversifica a oferta”.

Você pode estar interessado em continuar lendo ...

Traduzir »