IRTA promove a produção de bebidas vegetais e proteínas alternativas com variedades nativas da Catalunha

Janeiro 21 2025

IRTA

El IRTA (Instituto de Investigação e Tecnologia Agroalimentar) apresenta os resultados do projeto demonstrativo LIQVEG, “Tecnologias de produção de bebidas vegetais e extração de proteínas vegetais”, financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural da Catalunha 2014-2022. O objetivo principal tem sido promover a utilização de variedades indígenas de cereais e leguminosas na produção de bebidas vegetais e na extração de proteínas vegetais.

XavierFelipe, investigador do programa IRTA Qualidade e Tecnologia Alimentar e responsável pelo projeto, destaca que “o principal sucesso do LIQVEG tem sido proporcionar ao setor agroalimentar catalão o conhecimento do processo e da tecnologia para fazer bebidas vegetais e extrair proteínas de leguminosas para produzir concentrados proteicos. Estas tecnologias inovadoras abrem novas possibilidades de utilização de cereais e leguminosas autóctones da Catalunha como alternativa local às matérias-primas actualmente utilizadas, maioritariamente importadas de outras regiões.

As sessões de demonstração realizadas no centro IRTA Monells Eles se concentraram em bebidas vegetais feitas com cereais, como aveia, e legumes, como tremoço. Também se tem trabalhado na concentração de proteínas para obter ingredientes adequados à criação de produtos análogos à carne e ao queijo, com textura e formato semelhantes, mas a partir desta mesma matéria-prima.

Transição para uma produção mais sustentável e local

Até agora, a forma mais comum de processar bebidas vegetais tem sido a esterilização. Esse método, denominado UHT (Ultra High Temperature), permite a conservação em temperatura ambiente, prolongando a vida útil e facilitando a comercialização em mercados mais distantes. No entanto, a tecnologia necessária é complexa e acessível apenas a grandes organizações. A tecnologia apresentada neste projeto é baseada na pasteurização que, diferentemente do método UHT, requer conservação refrigerada, mas é muito mais acessível e incentiva o consumo de produtos locais. Assim, pode-se afirmar que o projeto contribui positivamente para a sustentabilidade do sistema agroalimentar catalão.

Embora a Catalunha não produza tradicionalmente grandes quantidades de leguminosas, o sector agrícola poderia adaptar-se a esta produção. Dessa forma, a crescente indústria de bebidas vegetais e proteínas alternativas poderia ser abastecida, tornando-a economicamente viável. Contudo, o responsável pelo projeto alerta que “modificar os padrões de produção para se adaptar a esta nova indústria é um desafio. Será necessária uma transformação na dinâmica agrícola e empresarial.”

A transição para proteínas vegetais e outras proteínas alternativas, promovida pela Europa para reduzir a dependência da proteína animal, é uma realidade que continuará a crescer. Na verdade, o objectivo europeu é conseguir um equilíbrio no consumo de proteínas animais e vegetais, obtendo assim benefícios ambientais e de saúde.

Nesse sentido, Felipe destaca as vantagens da proteína vegetal como alternativa mais sustentável e econômica. Contudo, conclui que “o maior desafio é criar produtos com proteínas vegetais que sejam bons, atrativos e económicos para o consumidor. A velocidade da transição dependerá disso.”

O projeto LIQVEG faz parte do CiPA (Centro de Inovação em Proteínas Alternativas) do IRTA, dedicado a promover proteínas alternativas como base para uma alimentação mais diversificada e sustentável. As instalações do centro IRTA localizado em Monells permitem testes piloto deste tipo de ingredientes e produtos, e estão à disposição do setor agroalimentar para facilitar a inovação e promover produtos locais e mais sustentáveis.

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